Do dia 18 até o dia 20/10, 100 representantes dos cinco países que
formam o Brics se reuniram em Brasília para discutir o futuro do
capitalismo, as novas tecnologias e oportunidades que se abrem para os
jovens. O Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul.
Com as transformações tecnológicas da chamada quarta
revolução industrial, baseada na digitalização da produção em larga
escala, empregos considerados tradicionais estão gradativamente
desaparecendo e outros, surgindo.
São ocupações e empresas que se
baseiam em inovação tecnológica, as chamadas startups. Até o próximo
domingo, as delegações dos cinco países que integram o Brics vão mostrar
exemplos de sucesso no setor durante o 5° Fórum de Juventude do Brics.
A Secretária Nacional da Juventude do Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos, Jayna Nicaretta da Silva, argumentou que a
discussão é fundamental, já que os Brics são países que abrigam grandes
contingentes populacionais com massas de jovens que enfrentam desafios
semelhantes, sendo o empreendedorismo uma alternativa.
“Nossa
preocupação especial é como nós estamos preparando essa grande densidade
demográfica de jovens, esse bônus demográfico de juventude para os
desafios dessa quarta revolução industrial pela qual o mundo inteiro
está passando. Então, estamos nessa introdução de novas tecnologias na
vida das pessoas e nos trabalhos, nessa reformulação das profissões”,
disse.
Entre os dados que ilustram a dimensão do Brics está o
investimento no setor científico e tecnológico. Segundo o ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o grupo responde
por 17% do investimento global em pesquisa e desenvolvimento e por 27%
dos artigos científicos publicados em periódicos internacionais.
O
Conselheiro Nacional da Juventude, Gustavo Gama, lembrou que, mesmo o
fórum estando em sua quinta edição, é a primeira vez que o Brasil sedia o
evento. O conselheiro avaliou que o tema da empregabilidade dos jovens
em meio às inovações tecnológicas é central no Brasil e também nos
outros países que integram o Brics.
“Nós temos uma grande geração
“nem nem”, que é uma geração que nem trabalha nem estuda, e esse é o
principal problema hoje que atinge o público jovem, seja no Brasil ou em
diversos outros países, inclusive os países que compõem os BRICS. E o
nosso objetivo aqui é tornar claro quais são os caminhos dos cinco
países que encontraram um case [exemplo] de sucesso pra gente alcançar
realmente caminhos práticos, ações práticas, que vão beneficiar essa
juventude como um todo”, afirmou.
BRICS
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brics responde por 42% da população, 23% da economia, 30% do território e 18% do comércio mundial.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brics responde por 42% da população, 23% da economia, 30% do território e 18% do comércio mundial.
O 5° Fórum de Juventude do Brics se insere nas 100 reuniões preparatórias, além de 15 reuniões em nível ministerial, encontros de altos funcionários, eventos técnicos e atividades nas áreas de cultura, educação e esporte, que antecedem a Décima Primeira Reunião de Chefes de Estado do Brics, que ocorre nos dias 13 e 14 de novembro em Brasília.
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