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A segunda embarcação da frota que marca a nova era do Brasil nos
oceanos, o submarino Humaitá, entra em fase final de montagem. No
estaleiro-base da Marinha, em Itaguaí (RJ), técnicos e operários foram juntadas
as cinco partes do casco da embarcação, construídas separadamente. O Humaitá
(S-41) teve terminada a solda final do casco, dia 11/10, em
cerimônia que contou com a presença do presidente, Jair Bolsonaro.
"Aproximadamente 200 anos antes
de Cristo, Arquimedes disse: “Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio que eu
moverei o mundo”. Hoje não seria muito dizermos: “Dê ao povo brasileiro meios e
liberdade que ele elevará o Brasil”. A prova material disso está aqui à minha
frente, à direita. Trabalho do povo brasileiro, do mais graduado engenheiro ao
mais humilde trabalhador. Esse é o trabalho desse povo que precisa de liberdade
e meios para trabalhar", disse o presidente.
A construção faz parte do Programa de Desenvolvimento de
Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil, que prevê a construção de quatro
submarinos convencionais em parceria com a indústria naval francesa. O
primeiro, “Riachuelo”, foi lançado ao mar no final de 2018 e está em fase de
testes. Também está prevista a construção de um quinto submarino, com
propulsão a energia nuclear, que está em fase de projeto.
Segundo o gerente do programa,
almirante Celso Mizutani Koga, os submarinos vão se incorporar a frota naval
para garantir ao Brasil a proteção de seus 8,5 mil quilômetros de costa e da
área conhecida como Amazônia Azul. “Grande parte da exploração do pré-sal, toda
parte da indústria pesqueira, comércio marítimo, tudo isso é feito através
dessa grande área marítima e precisamos garantir a soberania.” afirmou.
Após a junção das partes o Humaitá
passará mais um mês em fase de construção e aprimoramento do seu interior.
Moderna, a embarcação tem mais de 70 metros de comprimento e cerca de 1,8 mil
toneladas. Só, no segundo semestre do ano que vem, o submarino será lançado ao
mar para a fase de testes. É nesse estágio que está o Riachuelo, o primeiro
submarino previsto no Prosub, que foi lançado ao mar no fim do ano passado.
O valor total do Prosub é de R$37,1
bilhões, já tendo sido investidos mais de R$18,3 bilhões. A Marinha prevê o
lançamento ao mar de um submarino convencional por ano até o final de 2023.
Após o Humaitá será a vez do Tonelero e, depois dele, do Angostura. Eles devem
ser lançados em 2021 e 2022, respectivamente.
O programa contempla também a
construção de um complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação
dos submarinos e investe no desenvolvimento da tecnologia nacional. “As
diversas indústrias que se envolveram no projeto de nacionalização adquiriram
tecnologias novas que hoje, além de estarem produzindo para equipamentos
militares, podem produzir também para a vida civil. Isso faz com que essa
empresa atinja novos patamares e outros mercados”, disse o almirante Celso
Mizutani Koga.
O Ministro da Defesa, Fernando
Azevedo, destacou que o PROSUB permitiu a transferência de tecnologia em
diversas áreas e enfatizou a relevância do programa para o Brasil. “É
importante destacar que o PROSUB não se limita à construção de submarinos, mas
transcende esse escopo contemplando a construção de um complexo industrial e de
apoio com estaleiros, uma base naval e uma unidade de fabricação de estruturas
metálicas, o que já vem trazendo grande desenvolvimento socioeconômico ao
município de Itaguaí, ao estado do Rio de Janeiro e ao nosso País”, declarou.
O Comandante da Marinha, Almirante de
Esquadra Ilques Barbosa Junior ratificou a relevância do submarino para a
indústria de Defesa nacional. “O submarino ‘Humaitá’ possui a seção de tubos de
torpedos integralmente fabricada no País - fato inédito na nossa história de
construção de submarinos”, disse.
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