A segunda fase da
revitalização do Cais do Valongo foi lançada dia 17 de setembro. Com
investimentos de R$ 2,1 milhões da State Grid Brazil Holding, conta com o apoio
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e gestão do
Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).
O sítio arqueológico ganhará módulos expositivos que contam a
sua história e a da região conhecida como Pequena África. Também vai receber
guarda-corpo, iluminação cênica monumental, sinalização direcional, sistema de
segurança por câmeras, um projeto educativo voltado às escolas da região
portuária, além de ações de comunicação para informar à sociedade a importância
histórica do local.
“O projeto de conservação do Valongo tem o propósito de
implantar um centro de interpretação, um espaço acolhedor, de caráter
educativo, que irá valorizar o sítio e traduzir ao público seu valor
excepcional para a história mundial”, explica a presidente do Iphan, Kátia
Bogéa. “O sítio Arqueológico Cais do Valongo é um local que nos reafirma a
necessidade de lembrarmos aquilo que não pode ser esquecido para que não volte
a se repetir. É um sítio de memória, ligado a fatos e eventos sensíveis para a
história da humanidade”, analisou.
O Cais do Valongo
está em obras desde novembro de 2018, quando foi lançado projeto de restauro
das ruínas, limpeza, higienização, conservação e consolidação do bem. Realizada
com investimentos do Consulado Americano no Rio de Janeiro, a previsão é ser
concluída em novembro deste ano. Também estiveram à frente da iniciativa o
Iphan e o IDG, com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro.
O diretor-presidente do IDG, Ricardo Piquet, destaca a
importância de “conhecer a história de luta e resistência dos africanos
escravizados no Brasil, que deram origem à nossa rica formação cultural”. Já o
diretor de Meio Ambiente, Fundiário, Saúde e Segurança da State Grid, Anselmo
Leal, ressalta que está orgulhoso de contribuir com o Iphan e o IDG nesse
projeto fundamental para a preservação da história brasileira.
Na segunda etapa, a patrocinadora - que atua na área de
transmissão elétrica - investirá R$ 2,1 milhões através da linha de
financiamento Investimentos Sociais de Empresas (ISE), disponibilizada pelo
BNDES. O IDG, por sua vez, está encarregado da gestão do projeto em trabalho
supervisionado pelo Iphan, com o apoio da Prefeitura do Rio através da
Secretaria Municipal de Cultura, da Companhia de Desenvolvimento Urbano da
Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP) e do Instituto Rio Patrimônio da
Humanidade (IRPH). As ações têm duração prevista de 12 meses.
Também estiveram presentes no lançamento da segunda etapa de revitalização do Cais do Valongo membros do movimento negro Comissão Pequena África; o chairman da companhia de energia, Cai Hongxian; e o secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Adolpho Konder.
UM LOCAL DE MEMÓRIA
O Cais do Valongo foi considerado Patrimônio Mundial da Unesco, em 2017, por ser um importante vestígio material do desembarque de cerca de 1 milhão de africanos escravizados nas Américas. Dos 1.121 sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, apenas 11 até o momento foram declarados como sítios de memória, categoria na qual se insere o Valongo. "Não podemos esquecer que o racismo é exterminador e somente com a união e o respeito vamos contribuir para um futuro melhor", alertou o membro da Comissão Pequena África, Negro Ogum.
O Cais do Valongo foi considerado Patrimônio Mundial da Unesco, em 2017, por ser um importante vestígio material do desembarque de cerca de 1 milhão de africanos escravizados nas Américas. Dos 1.121 sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, apenas 11 até o momento foram declarados como sítios de memória, categoria na qual se insere o Valongo. "Não podemos esquecer que o racismo é exterminador e somente com a união e o respeito vamos contribuir para um futuro melhor", alertou o membro da Comissão Pequena África, Negro Ogum.
O sítio arqueológico foi redescoberto em 2011 durante obras de
revitalização da Prefeitura na zona portuária do Rio de Janeiro, na operação
urbana Porto Maravilha. Trata-se de um local de memória da escravidão no mundo
e hoje é parte da área da cidade conhecida como Pequena África.
(Fonte: http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/5352)
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