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terça-feira, 1 de outubro de 2019

GOVERNO BOLSONARO APOIA A REVITALIZAÇÃO DO CAIS DO VALONGO NO RIO DE JANEIRO



A segunda fase da revitalização do Cais do Valongo foi lançada dia 17 de setembro. Com investimentos de R$ 2,1 milhões da State Grid Brazil Holding, conta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).

O sítio arqueológico ganhará módulos expositivos que contam a sua história e a da região conhecida como Pequena África. Também vai receber guarda-corpo, iluminação cênica monumental, sinalização direcional, sistema de segurança por câmeras, um projeto educativo voltado às escolas da região portuária, além de ações de comunicação para informar à sociedade a importância histórica do local.

“O projeto de conservação do Valongo tem o propósito de implantar um centro de interpretação, um espaço acolhedor, de caráter educativo, que irá valorizar o sítio e traduzir ao público seu valor excepcional para a história mundial”, explica a presidente do Iphan, Kátia Bogéa. “O sítio Arqueológico Cais do Valongo é um local que nos reafirma a necessidade de lembrarmos aquilo que não pode ser esquecido para que não volte a se repetir. É um sítio de memória, ligado a fatos e eventos sensíveis para a história da humanidade”, analisou. 

O Cais do Valongo está em obras desde novembro de 2018, quando foi lançado projeto de restauro das ruínas, limpeza, higienização, conservação e consolidação do bem. Realizada com investimentos do Consulado Americano no Rio de Janeiro, a previsão é ser concluída em novembro deste ano. Também estiveram à frente da iniciativa o Iphan e o IDG, com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro.

O diretor-presidente do IDG, Ricardo Piquet, destaca a importância de “conhecer a história de luta e resistência dos africanos escravizados no Brasil, que deram origem à nossa rica formação cultural”. Já o diretor de Meio Ambiente, Fundiário, Saúde e Segurança da State Grid, Anselmo Leal, ressalta que está orgulhoso de contribuir com o Iphan e o IDG nesse projeto fundamental para a preservação da história brasileira.  

Na segunda etapa, a patrocinadora - que atua na área de transmissão elétrica - investirá R$ 2,1 milhões através da linha de financiamento Investimentos Sociais de Empresas (ISE), disponibilizada pelo BNDES. O IDG, por sua vez, está encarregado da gestão do projeto em trabalho supervisionado pelo Iphan, com o apoio da Prefeitura do Rio através da Secretaria Municipal de Cultura, da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP) e do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). As ações têm duração prevista de 12 meses.

Também estiveram presentes no lançamento da segunda etapa de revitalização do Cais do Valongo membros do movimento negro Comissão Pequena África; o chairman da companhia de energia, Cai Hongxian; e o secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Adolpho Konder. 

UM LOCAL DE MEMÓRIA
O Cais do Valongo foi considerado Patrimônio Mundial da Unesco, em 2017, por ser um importante vestígio material do desembarque de cerca de 1 milhão de africanos escravizados nas Américas. Dos 1.121 sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, apenas 11 até o momento foram declarados como sítios de memória, categoria na qual se insere o Valongo. "Não podemos esquecer que o racismo é exterminador e somente com a união e o respeito vamos contribuir para um futuro melhor", alertou o membro da Comissão Pequena África, Negro Ogum. 

O sítio arqueológico foi redescoberto em 2011 durante obras de revitalização da Prefeitura na zona portuária do Rio de Janeiro, na operação urbana Porto Maravilha. Trata-se de um local de memória da escravidão no mundo e hoje é parte da área da cidade conhecida como Pequena África.

(Fonte: http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/5352)

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