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terça-feira, 15 de outubro de 2019

GOVERNO BOLSONARO LANÇOU O PROJETO SALVE UMA MULHER. A EMBAIXATRIZ É LUIZA BRUNET. O PROJETO TEM PARCERIA EM DIVERSAS ÁREAS, INCLUSIVE COM SALÕES DE BELEZA.

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos lançou dia 03/10, o PROJETO SALVE UMA MULHER, que reúne ações para o enfrentamento à violência contra as mulheres. A proposta é mobilizar a sociedade, oferecer informações e capacitação para criar uma rede de apoio que identifique situações de violência e auxilie as mulheres.
Para garantir que o projeto alcance mulheres de todo o Brasil, serão capacitados profissionais das mais diversas áreas e que estão em contato frequente com as mulheres, como agentes de saúde, conselheiros tutelares e carteiros. Os profissionais da área de estética, como dos salões de beleza, serão fortes aliados da iniciativa no enfrentamento à violência contra as mulheres.
A estimativa do ministério é que sejam sensibilizados 340 mil agentes de saúde, 106 mil funcionários dos Correios, 30 mil conselheiros tutelares e 1.722 profissionais da Defensoria Pública da União. Inicialmente, 1,5 mil salões de beleza aderiram à iniciativa.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, destacou que a união é fundamental para o enfrentamento à violência contra as mulheres. Segundo ela, o projeto vai formar “exército poderoso” para atacar o problema.
“O Salve Uma Mulher vai alcançar todas as mulheres em sofrimento no Brasil. Vai alcançar a mulher lá da região ribeirinha, a mulher que política pública nunca chegou pra ela, a mulher indígena, a mulher caiçara, a quebradeira de coco, a catadora de siri. Chega de tristeza, dor e sofrimento”, disse Damares.
A empresária e ex-modelo Luiza Brunet é a embaixatriz do Salve Uma Mulher.
Em 2016, ela foi vítima de violência doméstica, denunciou o agressor e, desde então, engajou-se em ações voltadas para a prevenção e combate à violência contra a mulher.
“Estamos tentando mudar esse ciclo da violência, que deixou de ser um problema doméstico e passou a ser um problema da sociedade. Creio que esse projeto vai ser bem ampliado por pessoas com capacidade para explicar para população que não sabe ainda que mulher precisa ser respeitada”, disse Luiza Brunet.
FASES DO PROJETO
O Salve Uma Mulher está dividido em três fases, com iniciativas de sensibilização, campanhas e capacitação de voluntários. Na primeira fase, serão realizadas oficinas com agentes públicos, que serão os multiplicadores da informação. Ainda nessa primeira etapa, os funcionários de empresas privadas serão sensibilizados por meio de uma plataforma de educação à distância.
A segunda etapa será de capacitação e formação de voluntários. Na fase final do projeto, está prevista a criação de grupos de apoio.

Profissional de um dos focos de sensibilização do projeto, a maquiadora e uma das proprietárias de salão de beleza em Brasília, Tatiane Noleto, contou que já percebeu sinais de violência doméstica em uma cliente que pediu por dias seguidos para fazer uma maquiagem que escondesse hematomas. A cliente disse que havia caído em um barco e se machucou.
“O hematoma demorou mais de um mês para desaparecer, porque ela estava muito roxa, com o nariz inchado. Ela é uma mulher que não gosta muito de maquiagem pesada e, nesse caso, tivemos que maquiar pesado para tapar”, contou.
Tatiane disse que também já ouviu relatos de clientes que passam por violência psicológica. Ao se deparar com esses casos, procura conversar e aconselhá-las. A maquiadora relatou que ela mesma já passou por problemas semelhantes e, por isso, consegue perceber com mais facilidade esse tipo de situação. “A agressão emocional pode até ser pior que a física, às vezes destrói muito mais e requer anos de tratamento psicológico. Mostro para elas que temos vários caminhos e que a vida é feita de escolhas”, disse.
Em março, a ministra Damares Alves havia lançado a campanha de comunicação Salve Uma Mulher. O projeto anunciado nesta quinta-feira torna a iniciativa uma política pública e amplia as ações e parceiros.
PARCEIROS
As instituições parceiras serão identificadas com um selo que reconhece a parceria no enfrentamento à violência contra as mulheres. Entre os parceiros presentes no projeto, estavam representantes dos Correios, Defensoria Pública da União, Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Salões de Beleza.

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