Inaugurado em 1896, o Teatro Amazonas, primeiro bem tombado como
patrimônio brasileiro no estado do Amazonas, vai receber investimentos
para a sua conservação. Serão R$ 2,3 milhões para medidas de segurança e
manutenção predial. Os recursos são do Fundo de Defesa de Direitos
Difusos (FDD), do Ministério da Justiça, provenientes de condenações
judiciais, multas e indenizações para reparação de danos causados ao
meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico.
Segundo o diretor
do Teatro Amazonas, Cândido Jeremias, este é o maior investimento no
local nas duas últimas décadas. Segundo ele, com o aporte financeiro
servirá para manter o prédio histórico em segurança. “Tem mais de 20
anos que não é investido no teatro um recurso como esse do governo
federal. E isso vai ser mega, ultraimportante para a gente.
Principalmente porque o projeto prevê um sistema de combate a incêndio
para deixar o teatro 100% livre de qualquer mal, com alarme, com sistema
inteligente. Teremos uma fiscalização importante na revisão elétrica,
no sistema de câmeras. Então, esse projeto engloba toda a segurança do
prédio e a manutenção, que é muito importante”, afirmou.
O
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
vinculado ao Ministério da Cidadania, vai lançar licitação para
selecionar as empresas executarão os serviços de elaboração de projetos e
construção dos sistemas de detecção e combate a incêndio, de
instalações elétricas e de proteção contra descargas atmosféricas. Além
da reforma voltada à segurança, a cortina, também conhecida como Pano de
Boca do Teatro, será restaurada. Pintada a óleo sobre o tecido, a obra
de arte homenageia o encontro das águas dos rios Negro e Solimões efoi
confeccionada em 1894, pelo artista brasileiro Crispim do Amaral.
A intervenção no Pano de Boca está orçada em um R$ 1,8 milhão – sendo
R$ 1,5 milhão do Ministério da Cidadania e R$ 400 mil do governo do
Amazonas. Para a superintendente do Iphan no estado, Karla Bitar, os
investimentos são necessários para salvaguardar um dos mais importantes
teatros brasileiros e uma das principais casas de ópera do mundo.
“Além de o prédio ter esse valor excepcional artístico, sua
arquitetura, seu estilo eclético, que é característico do período da
borracha que tivemos no Amazonas e também no Pará, ele representa uma
época em que uma sociedade buscava uma inspiração num cenário europeu e
queria uma cidade com um embelezamento a partir de referências
monumentais como esta. E, obviamente, era uma sociedade que gostava
muito de cultura e de arte”.
Segundo a Secretaria de Cultura do
Amazonas, o teatro, tombado como Patrimônio Histórico Nacional em 1966,
preserva parte da arquitetura e decoração originais. O estilo
arquitetônico é renascentista, com detalhes ecléticos. Na área externa, a
cúpula possui 36 mil peças nas cores da bandeira brasileira, importadas
da Alsácia, na França. A maior parte do material usado na construção do
teatro foi importada da Europa: as paredes de aço de Glasgow, na
Escócia; os 198 lustres e o mármore de Carrara das escadas, estátuas e
colunas, são da Itália.
FESTIVAL AMAZONAS DE ÓPERA
O Teatro Amazonas é um dos mais ativos no cenário lírico nacional. Todos os anos, recebe o Festival Amazonas de Ópera, que desde 2000 já captou R$ 8,3 milhões pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. O maestro adjunto da Orquestra Amazonas Filarmônica, Marcelo de Jesus, relata a emoção de subir ao palco do teatro manauara a cada apresentação. “É uma joia. E a sensação é a mesma, quando a gente entra aqui, estamos em um templo e, realmente, é um agradecimento e uma sensação de gratidão, mesmo, de podemos fazer o nosso trabalho, com uma estrutura muito bem consolidada, com um público que nos prestigia. Então, é uma felicidade e um orgulho muito grandes”, declarou.
A cada ano, o Teatro Amazonas registra aumento no número de visitantes. Segundo dados da Secretaria de Cultura do Amazonas, até agosto de 2019, 73.884 pessoas estiveram no prédio histórico, um crescimento de cerca de 11,7% comparado ao mesmo período do ano passado.
O Teatro Amazonas é um dos mais ativos no cenário lírico nacional. Todos os anos, recebe o Festival Amazonas de Ópera, que desde 2000 já captou R$ 8,3 milhões pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. O maestro adjunto da Orquestra Amazonas Filarmônica, Marcelo de Jesus, relata a emoção de subir ao palco do teatro manauara a cada apresentação. “É uma joia. E a sensação é a mesma, quando a gente entra aqui, estamos em um templo e, realmente, é um agradecimento e uma sensação de gratidão, mesmo, de podemos fazer o nosso trabalho, com uma estrutura muito bem consolidada, com um público que nos prestigia. Então, é uma felicidade e um orgulho muito grandes”, declarou.
A cada ano, o Teatro Amazonas registra aumento no número de visitantes. Segundo dados da Secretaria de Cultura do Amazonas, até agosto de 2019, 73.884 pessoas estiveram no prédio histórico, um crescimento de cerca de 11,7% comparado ao mesmo período do ano passado.
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