Depois de seis reuniões de trabalho – com autoridades de
governo e empresários locais, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária
e Abastecimento) encerrou dia 15/09 a agenda de compromissos de dois dias no
Egito, primeira parada de sua missão ao Oriente Médio.
A ministra avaliou a visita como bem-sucedida. No sábado
(14), o governo do Egito anunciou que irá abrir o mercado para produtos lácteos
brasileiros, como queijos. Os países iniciaram as tratativas para um convênio entre a
Embrapa e centro de pesquisas do Egito. “Vamos assinar um convênio com a Embrapa e também
recebemos muitos pedidos de estudos de investimentos em infraestrutura no
Brasil, principalmente na área de portos”. Tereza Cristina informou que
encaminhará os pedidos ao colega Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da
Infraestrutura, quando retornar ao Brasil.
Nas reuniões, no Cairo, foram debatidas redução de tarifas
de exportação e padronização de certificados sanitários.
Dia 0915), último dia no Egito, a ministra
participou de um seminário na Federação das Câmaras Egípcias de Comércio, onde
defendeu a diversificação da pauta comercial agrícola entre Brasil e Egito e
destacou o crescimento da agropecuária brasileira com sustentabilidade.
Tereza Cristina reuniu-se com o ministro da Agricultura e
Recuperação de Terras, Ezz el-Din Abu Steit. Eles trataram do processo de
importação de uva e alho egípcios e o envio de ovinos e caprinos para o Egito,
o que irá beneficiar criadores do Nordeste brasileiro.
No último compromisso, a ministra teve encontro com o
secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, embaixador Ahmed Aboul Gheit, na
sede da organização. No encontro, ela avaliou que o Brasil tem um caminho
promissor com os países árabes. A ministra e o embaixador trataram ainda de
projetos de infraestrutura e logística para a segurança alimentar.
Em 2018, as exportações agropecuárias do Brasil para 22
países árabes e integrantes da Organização para a Cooperação Islâmica,
totalizando 55 nações, somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do
total das vendas externas do agro brasileiro, percentual superior ao que foi
exportado para a União Europeia (16%). Os produtos mais vendidos foram
açúcar, carnes, milho, soja e café.
Estima-se que o comércio agrícola entre Brasil e o mundo
árabe pode crescer e chegar a US$ 895 milhões. Os produtos em perspectiva são:
soja (farelo e grãos), café verde, açúcar e fumo não manufaturado.
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