Durante cerimônia de promoção da inclusão realizada dia 03/09, no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), o menino Artur, de 2 anos, foi homenageado. Ao fim da solenidade, a criança – que é autista – ganhou uma festa realizada por servidores e voluntários. Participaram do evento o presidente da República, Jair Bolsonaro, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a ministra anfitriã, Damares Alves, e o ministro da Cidadania, Osmar Terra.
Dias antes Artur foi chamado de “problemático” pela mãe de um colega, que não o convidou para a festa de aniversário por motivos explicitamente preconceituosos.
“Não tem um centavo de dinheiro público nesta festa. Os servidores fizeram tudo com amor e trouxeram pessoas queridas de fora. Este é um novo momento para o Brasil, o que está acontecendo aqui significa muito. O presidente da República cancelou agenda para vir aqui dizer que o Artur é mais importante do que qualquer agenda. Ninguém vai ficar para trás neste governo”, disse a ministra Damares na ocasião.
Para o presidente Bolsonaro, o papel da família é essencial na luta contra o preconceito. “É um momento de encontro, de pessoas se conhecerem e entenderem os problemas. Tendo Deus acima de tudo, eles serão resolvidos”, completou.
DIREITOS
Ativista na área dos direitos para as pessoas com deficiência, a primeira-dama ressaltou a importância da unidade familiar e do companheirismo, parabenizando a mãe do Artur, Sara Onori, e o pai do menino, Carlos Eduardo. “Estou muito feliz em poder conhecer vocês. Eu sei que, como família, passaram por um momento muito difícil, mas a história de vocês com certeza vai ajudar a dar visibilidade às lutas de cada dia para quem tem filhos com algum tipo de deficiência”, afirmou Michelle.
“Vocês acabaram ficando conhecidos por um episódio que mostrou o preconceito com as diferenças, mas quero crer que vão ser mais conhecidos, ainda, pelo movimento que lhes fortaleceu, de mais aceitação, de mais conhecimento e de mais direitos para as crianças”, ressaltou a primeira-dama.
Ela também citou direitos garantidos pela Lei nº 13.146 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. A norma é “destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”.
REFLEXÃO
Mãe do Artur, Sara Onori convidou toda a sociedade brasileira para um momento de reflexão. “Que as pessoas reflitam os seus atos. O autismo não é um bicho de sete cabeças, não é doença. O autismo é uma síndrome que, com tratamento, as crianças melhoram”.
“É triste ver que ainda tem muito preconceito, que às vezes vem de dentro de casa, mas as pessoas não podem deixar que isso afete vidas – nem a dela, nem a da criança, nem a de ninguém. Eu tenho certeza que a exposição que teve vai fazer muita gente pensar e repensar em cada ato que ela tenha feito ou vá fazer futuramente”, enfatizou.
Em seguida, Sara acrescentou que é preciso “estar unidos e levando sempre a informação para quem não tem o conhecimento”.
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