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sábado, 2 de novembro de 2019

GOVERNO BOLSONARO ACOLHE EM MARINGÁ – PR E BRASÍLIA – DF, MAIS VENEZUELANOS QUE FOGEM DAS EXTREMAS DIFICULDADES NAQUELE PAÍS

O governo trabalha para reconectar as famílias separadas pela crise imigratória da Venezuela. A declaração é da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que participou nesta quinta-feira (24/10), em Maringá/PR, de evento preparado para a recepção de familiares de imigrantes daquele país e que atualmente residem na cidade paranaense.
Ao todo, foram acolhidos 49 familiares, em sua maioria, esposas e filhos de 12 dos venezuelanos recém-contratados por uma empresa. A ação acolherá 120 familiares dos 38 venezuelanos que foram treinados e contratados como motoristas na empresa Transpanorama. Além do emprego, eles recebem moradia, vestuário, alimentos e tratamento de saúde. Alguns não viam a família há mais de 120 dias.
Segundo a ministra, a ação complementa a Operação Acolhida, realizada em Roraima, na fronteira com o país vizinho, sob coordenação do Exército. Para ela, a cidade do norte paranaense tem dado exemplo ao país e ao mundo sobre como receber
“São pessoas que, com certeza, preferiam estar em seu país, mas que acabaram praticamente expulsas de lá diante de tantas violações de direitos. Por isso é importante darmos a todos uma nova perspectiva de vida. Ainda que mude o governo de lá hoje mesmo, talvez demore até dez anos para voltar a ser o que era. Por isso é importante a gente estabelecer essas pessoas”, explicou.
Além da ministra, autoridades federais, estaduais e municipais participaram do evento, que ocorreu num ginásio da cidade.

BRASÍLIA
Os olhos marejados não disfarçavam a emoção. A venezuelana Ambar González, de 39 anos, que está no Brasil desde agosto de 2018, estava ansiosa no saguão do aeroporto de Brasília para receber o irmão Victor Julio González, que não via fazia três anos. Acompanhado pela esposa e as duas filhas, ele estava chegando à capital federal depois de viver por três meses em um abrigo em Boa Vista (RR).

Victor e sua família integraram o grupo de 122 refugiados e migrantes venezuelanos que chegou à Brasília na manhã desta terça-feira (15). Uma parte do grupo, 41 pessoas, permanecerá na capital federal e outras 81 serão direcionadas para Goiânia, Aparecida de Goiânia, Campo Limpo de Goiás, Ceres, Mozarlândia, Jataí e Campinorte, todas no estado de Goiás. O processo de interiorização dessas pessoas, como é chamada a transferência de Roraima para cidades de outras unidades da federação, faz parte da Operação Acolhida, coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e que tem como objetivo promover a inclusão socioeconômica das pessoas que chegam ao Brasil pela fronteira da Venezuela com o estado nortista.
O Ministério da Cidadania é responsável pela coordenação de dois subcomitês no âmbito da Operação: o de Interiorização e o de Acolhimento. Também participa do Subcomitê de Triagem na fronteira de Pacaraima (RR), onde mantém uma equipe que faz o atendimento socioassistencial. Segundo a assessora especial para Assuntos de Migrações do Ministério, Niusarete Margarida de Lima, as ações têm contribuído para dar nova perspectiva de vida a essas pessoas.
"Essa interiorização é para que se consiga amenizar a situação tão grave que se está vivendo lá em Roraima. Ainda há 7 mil pessoas que estão ocupando 13 abrigos, e cerca de 2 mil pessoas em situação de rua, necessitando de abrigo”, informa. “Essa estratégia da Operação Acolhida é importante porque se está oferecendo a essas pessoas a possibilidade de resgate da autoestima, para que elas possam retomar a vida e oferecer condições dignas de vida a suas famílias. É um resgate de cidadania e esse é o papel do Ministério da Cidadania", conclui.
Acolhimento e tratamento

A história de Ambar González é comovente. Ela deixou a Venezuela com o marido e o filho, que estava com câncer, em busca de tratamento e de melhores condições de vida. Ao chegar a Boa Vista, teve de dormir na rua durante uma semana, até que foi transferida para um abrigo. Dois meses depois, já estava sendo interiorizada e transferida para Brasília. Hoje, o marido está empregado e, após o tratamento, o filho se recuperou. Ela também trouxe a filha, Brenda González, de 19, que estava grávida e cuja filha, Luciana Pappaterra, nasceu no dia em que chegaram ao Brasil. Brenda e o marido, que foram campeões nacionais de Tae Kwon Do na Venezuela, já estão em Brasília há 3 meses, trabalhando com o esporte.
Como o irmão estava na Colômbia com poucas perspectivas, Ambar fez de tudo para reunir a família. Após voltar para a Venezuela, Victor veio para o Brasil. Depois de três meses em Boa Vista, ele, a mulher e as filhas conseguiram ser trazidos para Brasília, onde ele já tem emprego garantido. “Nós fomos muito ajudados por meio do programa de interiorização. Graças a Deus, agora também chegou meu irmão e sua família. Eu disse a ele que poderia ajudá-lo, que poderia ajudar a abrir as portas aqui. A gente dá um jeito”, conta Âmbar. Para Victor, é uma emoção poder recomeçar a vida. “Eu estou muito agradecido pela oportunidade de ajuda que o governo brasileiro nos deu. A acolhida está sendo muito especial, da gente brasileira. E também estou muito, muito agradecido de reencontrar minha irmã”, conta ele.
Ainda nesta terça-feira, um voo com destino a Canoas, no Rio Grande do Sul, fez a interiorização de outros 45 venezuelanos, sendo que quatro permanecerão no município. Os demais serão realocados em Esteio, Sapucaia do Sul, Nova Petrópolis, Caxias do Sul e Porto Alegre.
TODO O BRASIL
No início de abril, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, assinou um termo de cooperação com a Confederação Nacional dos Municípios para ampliar o número de cidades que apoiam a interiorização de venezuelanos. Segundo Niusarete Lima, se cada um dos 5.570 municípios brasileiros recebesse pelo menos um refugiado ou migrante, os abrigos seriam quase que totalmente esvaziados e ofereceriam oportunidade para que as pessoas que estão na rua ou que chegam ao País a cada dia, cerca de 200, sejam também atendidas. “Essa não é uma pauta só do governo de Roraima, é uma pauta todo Brasil”, conclui.

(Fonte: com foto de Edmar Barros/Futura Press/Folhapress. e dados disponíveis em https://www.mdh.gov.br/…/em-maringa-pr-ministra-recebe-fami…)

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