O Tesouro Direto ampliou o número
de aplicadores ativos e investidores cadastrados em outubro. O dado foi
divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Tesouro Nacional, que administra esta
modalidade de investimento voltada para pessoas físicas.
Em outubro, 236.886 novos
participantes se cadastraram no Tesouro Direto, somando, no fim do mês passado,
5.238.112 investidores cadastrados, um crescimento de 86% nos últimos 12 meses.
Já o número de aplicadores ativos chegou a 1.171.416, representando um aumento
de 61,8% na mesma base de comparação. No mês, o número de novos investidores
ativos teve uma ampliação de 19.397 pessoas.
O professor de economia da
Fipecafi – Cursos de Contabilidade, Economia e Administração, em São Paulo,
Diogo Carneiro, avaliou que o Tesouro Direto é uma alternativa atrativa para o
investidor, principalmente, para aquele que tem um perfil conservador, já que
não existe risco de perdas como ocorre no investimento, por exemplo, em ações,
que podem ter uma variação de valor conforme fatores internos e externos com
reflexos na economia.
“O Tesouro Direto é uma
alternativa atrativa de investimento. Primeiro lugar porque ele é o risco zero.
Então, você está remunerando o dinheiro sem que a pessoa corra o risco de
perder essa grana. Então, pro investidor com perfil mais conservador, esta
alternativa é a ideal”, aconselhou.
Em outubro o estoque de recursos
no Tesouro Direto somou R$ 59.2 bilhões, uma elevação de 0,7% em relação ao
volume de recursos aplicados em setembro e de 13,1% sobre outubro de 2018.
No mês a maior procura dos
investidores foi por títulos remunerados pela Taxa Selic [taxa oficial de juros
da economia, atualmente em 5% ao ano], que tiveram participação nas vendas de
42,5%. Já os títulos indexados à inflação, no caso o IPCA [índice oficial da
inflação no Brasil], responderam por 38,4% do total, e os pré-fixados, aqueles
cuja remuneração é definida na hora da compra, corresponderam a 19,1% das
vendas.
Para
o operador de renda fixa da Corretora Nova Futura Investimentos, na capital
paulista, André Alírio, mesmo com os juros no menor patamar da história, os
títulos do Tesouro Direto remunerados pela Selic ainda são vantajosos, já que
em algumas economias do mundo, como no Japão, os juros ao investidor são
negativos.
“Existem
economias desenvolvidas que têm taxas de juros negativas. Então, é importante
que o brasileiro se adapte a taxas de juros menores, mas eles ainda são
vantajosos”, explicou.
O
balanço do Tesouro Nacional registrou ainda que em outubro os títulos mais procurados
foram aqueles com vencimentos entre 5 a 10 anos, com 61,3% das vendas, seguidos
por aqueles com vencimentos acima de 10 anos, com 28,2% de participação nas
vendas. Os títulos com vencimentos entre 1 e 5 anos responderam por 10,5% das
vendas.
TESOURO DIRETO
O
Tesouro Direto foi criado em 2002 e permite ao investidor pessoa física fazer
investimentos em títulos públicos. O investimento mínimo é de R$ 30 e o máximo
de R$ 1 milhão.
Existem
títulos que são prefixados, cuja remuneração é definida na hora da operação, e
pós-fixados, com a remuneração estando atrelada a variação da inflação (IPCA)
ou da taxa básica de juros da economia na hora do vencimento do contrato. No
caso de resgate antecipado do título, o preço é calculado pelo Tesouro
Nacional.
Também
existem taxas cobradas pelas instituições financeiras e corretoras, além do
pagamento de Imposto de Renda quando do resgate dos valores investidos, que
varia conforme o tempo do título, com alíquotas maiores quando o resgate
ocorre num curto espaço de tempo.
Para
participar o interessado deve ter conta bancária em alguma instituição
financeira habilitada junto ao Tesouro Direto, seja um banco ou uma corretora.
Mais informações podem ser encontradas no endereço www.tesourodireto.com.br.
(Fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/financas-impostos-e-gestao-publica/2019/11/tesouro-direto-amplia-numero-investidores)