A produção industrial nacional avançou
7,0% em maio frente a abril, após dois meses de queda. Os dados,
divulgados nessa quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), refletem os efeitos das medidas de isolamento social para controle da pandemia de Covid-19.
“A partir do último terço de março,
várias plantas industriais foram fechadas, sendo que, em abril, algumas
ficaram o mês inteiro praticamente sem produção, culminando no pior
resultado da indústria na série histórica da pesquisa. O mês de maio já
demonstra algum tipo de volta à produção, mas a expansão de 7,0%, apesar
de ter sido a mais elevada desde junho de 2018 (12,9%), se deve,
principalmente, a uma base de comparação muito baixa. Mesmo com o
desempenho positivo, o total da indústria ainda se encontra 34,1% abaixo
do nível recorde, alcançado em maio de 2011”, explica André Macedo,
gerente da pesquisa.
Entre os segmentos de atividades, o
crescimento frente ao mês anterior foi generalizado, alcançando todas as
grandes categorias econômicas e a maior parte (20) dos 26 ramos
pesquisados. “As atividades foram impulsionadas, em grande medida, pelo
retorno à produção de unidades produtivas, após as interrupções da
produção ocorridas em várias unidades produtivas, por efeito da
pandemia”, pontua André Macedo.
A influência positiva mais relevante
foi assinalada por veículos automotores, reboques e carrocerias
(244,4%), que interrompeu dois meses seguidos de queda na produção e
marcou a expansão mais acentuada desde o início da série histórica, mas
ainda assim se encontra 72,8% abaixo do patamar de fevereiro último.
Outros destaques positivos na
comparação com o mês anterior foram os segmentos de coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (16,2%), que voltou a crescer
após acumular perda de 20,0% em três meses consecutivos de taxas
negativas, e bebidas (65,6%), que eliminou parte da redução de 49,6%
acumulada nos meses de março e abril de 2020.
(Fonte: www.gov.br)
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