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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

CHACINAS ASSUSTAM


Dia 27/01/2018 no bairro Cajazeiras em Fortaleza foram pelo menos 14 execuções, e ontem (29/01/2018), foram pelo menos 10 mortos em Itapajé – CE.

Infelizmente ainda vivemos numa província chamada CEARÁ. A questão atual da (IN) Segurança Pública é um exemplo vivo.

Desde o final de 2007 que o poder hegemônico do governante em não aceitar compartilhar a gestão da segurança com os integrantes do Sistema de Segurança Pública, principalmente nas ações de diagnosticar, planejar, executar, fiscalizar e retroalimentar, vem causando o fenômeno do INSULAMENTO.

Importantes estamentos da Segurança Pública foram alijados da governança!  Numa tentativa transloucada de acabar a “polícia velha” (criada desde 1835), substituindo-a pela “polícia nova” RONDA DO QUARTEIRÃO (criada em 2007), essa priorizando o Policiamento Motorizado em detrimento do Policiamento Global, que inclusive contemplava bases comunitárias territoriais e órgãos de inteligência desdobrados e escalonados, foi um grande equívoco, e década depois, estamos vivenciando esta realidade, quando em 2017 o recorde de homicídios no Estado (5.134), superou todos os demais anos da história. O mês de Janeiro de 2018 já assusta, inclusive com múltiplas chacinas.

O então Primeiro Ministro Inglês Sir Robert Peel estabeleceu em 1829 os Princípios da Polícia Moderna; os 4º e 9º princípios já priorizavam a existência de uma Base no Território (polícia do ser x polícia do estar).
Assim também foram estabelecidos em 1980 os Princípios da nova Polícia Ostensiva brasileira, no Manual Básico de Policiamento Ostensivo da IGPM (Inspetoria Geral das Polícias e Corpos de Bombeiros Militares). Nesse a premissa básica estabelecida é a variável da FORMA (desdobramento e escalonamento) e do LUGAR (urbano e rural).

Várias são as causas da violência e insegurança pública:
  • Abandono da prevenção e a priorização de programas de governantes ao invés de programas de Estado
  • Aspectos Biopsicossociais
  • Ausência de Fiscalização e gestão do policiamento
  • Baixo nível de participação e cultura política
  • Banalidade da Violência
  • Burocracia
  • Capitalismo selvagem e o consumismo exagerado e supérfluo
  • Centralização administrativa
  • Corrupção
  • Desagregação e Desajuste Familiar
  • Descontrole de Fronteiras e Divisas
  • Desmantelamento da Estrutura Policial
  • Desordem Urbana
  • Discriminação e Preconceito
  • Drogas
  • Falta de Cidadania
  • Falta de DEUS
  • Falta de Educação
  • Falta de políticas públicas e planejamento
  • Governabilidade provinciana e politicagem
  • Insulamento dos processos de policiamento
  • Impunidade
  • Logística pesada do aparelho policial
  • Miséria
  • Ociosidade
  • Política Motivacional insuficiente para agentes de segurança pública
  • Postura hegemônica de governantes
  • Privatização da Polícia
  • Repressão isolada
  • Sistema carcerário falho
  • Crime organizado sem efetivo combate
Etc, etc, etc.

Também são várias as soluções e as propostas minimizadoras para enfrentar o problema da violência e insegurança pública:
  • Planejamento estratégico
  • Arquitetura contra o crime e de posturas imediatas em áreas críticas, de conflito e degradadas
  • Colégios Militares com ensino fundamental/médio para áreas com bolsões de miséria
  • Compartimentação, desdobramento e escalonamento da inteligência
  • Combate da criminalidade de massa com Segurança Global
  • Controle de natalidade
  • Choque de ordem
  • Dessacralização de cultura retrógrada
  • Descentralização
  • Fortalecimento familiar
  • Justiça de Instrução
  • Mapeamento Criminal
  • Plano Motivacional de Cargos e Carreira para os integrantes da segurança pública
  • Potencialização da prevenção e aumento da sensação de segurança
  • Retomada dos espaços públicos dominados pelos excluídos e seu amparo, encaminhamento e reinserção social, laboral e afetiva
  • Potencializar a gestão e a fiscalização da segurança - Manager
  • Quebra do TOM – Técnica, Oportunidade e Motivação do crime organizado
  • Revisão das medidas sócio-educativas
  • Revisão do Sistema Processual Penal
  • Revisão do Sistema Carcerário
  • Controle de Fronteiras, Divisas e Limites
  • Segurança subjetiva e objetiva conforme a vida social, política, economia e de entretenimento sistêmica da urbe
  • Incentivo para a criação dos órgãos de trânsito e Guardas Municipais
  • Incremento da Polícia Judiciária
  • Interação constante do Sistema de Segurança Pública (Policial, Judiciário, Ministério Público e Judiciário)
Etc, etc, etc.

sábado, 27 de janeiro de 2018

NOTA DE PESAR

Apresentamos nossos sentimentos às famílias dos ex-Secretários da Segurança Pública do Estado do Ceará, DR. FRANCISCO WILSON VIEIRA DO NASCIMENTO (falecido dia 12/01/2018) e do GENERAL CÂNDIDO VARGAS FREIRE (falecido hoje, 27/01/2018).
Tive a oportunidade de trabalhar com ambos em diferentes momentos da vida profissional, testemunhando o ambiente fraterno, acolhedor e de sucesso que proporcionavam.
Que Deus conforte às famílias enlutadas.
(Na ordem da esquerda para a direita: Dr. Evânio Guedes, Dr. Guilherme, Ministro Thomas Bastos, Dr. Wilson Nascimento, Coronel Bessa e Major Aristóteles)
(General Cândido Vargas Freire e Coronel Bessa na posse de diretor do CIOPS em 2001)

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

domingo, 7 de janeiro de 2018

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

A Orientação vocacional geralmente é realizada por psicólogos, que através da pesquisa e análise de provas de interesses, aptidões e personalidade, apoia ao aluno no percurso acadêmico e profissional indicado, além de sugerir estratégias de autoconhecimento.
Mas qual é nossa vocação profissional? Este é um dos interrogantes que surge quando estamos por finalizar o ensino médio ou quando não começamos ainda uma formação de educação superior. Se não conhecemos nossa vocação, fica difícil saber qual caminho profissional devemos seguir.
Sem dúvida, encontrar áreas de estudo relacionadas aos nossos interesses, habilidades e aptidões não é tarefa fácil, especialmente se não foram exploradas 100% e algumas ainda não foram descobertas. Por isso é muito importante identificar os pontos que nos ajudam a tomar a decisão certa.


O que eu gosto de fazer?
Este primeiro ponto é primordial. Não devemos confundir nossos hobbies com nossas habilidades e destrezas. Muitos de nós gostamos de ver televisão, mas apesar disso, esta ação não está internamente relacionada com a nossa vocação, a não ser que alguns programas concretos sobre: animais, arte, esportes, moda, etc, nos agrade muito. Neste caso, podemos considerar isto como uma inclinação sobre o que nos chama a atenção para estudar, sem ser um fator determinante.
Devemos estabelecer em quais áreas nos destacamos e quais nos apaixonam. Por exemplo, se gostamos de matemática e consideramos que temos habilidades nas carreiras que as contêm, então será um ponto de partida para escolher uma formação relacionada com a mesma.

Que opções de estudo existem?
Atualmente a oferta educativa é tão ampla e variada. Podemos fazer infinitas pesquisas pela internet para desta maneira encontrar o que queremos estudar, desde uma carreira técnica ou tecnológica até uma carreira profissional. Quando estabelecemos a área de interesse, podemos nos enfocar em encontrar uma formação que se adapte ao que queremos fazer por muitos anos.
No mundo todo, diversas instituições educativas oferecem cursos que se adaptam as nossas necessidades e preferências, dando-nos um abanico de possibilidades nas quais teremos mais espaço para optar por um tipo de estudo de acordo às habilidades que possuímos. Alternativas como: flexibilidade horária, metodologia de estudo, modalidade, formas de pagamento e financiamento contribuem para reduzir o filtro e alcançar as respostas para nossas inquietudes.
Níveis de estudo na Educação Superior: 
Carreira de nível Técnico: É um estudo caracterizado por ser mais curto que uma carreira profissional (1 a 2 anos), de menor custo, conciso e de maior especificidade ao se aprofundar em áreas concretas, com um alto nível de prática. Se o estudo for realizado numa instituição reconhecida pelo Ministério de Educação, independentemente do país, se obtêm um título de Técnica/o.

Carreira Tecnológica: É similar à carreira técnica; duração intermedia de formação (2 a 3 anos). Diferencia-se da anterior por sua metodologia e processo de investigação; está pensada para sistematizar a experiência. O título recebido é o de Tecnóloga/o, sempre e quando se trate de uma instituição respaldada pelo Ministério de Educação do Brasil.

Carreira Profissional (Licenciatura ou Bacharelado): O tempo de duração é mais prolongado (4 a 5 anos, ou mais); o conhecimento é vasto, dá igual importância à parte teórica e prática. Abarca matérias intrínsecas à área de estudo e outras humanísticas, sem que estejam diretamente vinculadas com a temática da carreira. Os títulos recebidos em sua grande maioria dão a possibilidade ao aluno de seguir seus estudos em cursos de pós-graduação.

Indagar, investigar, explorar.
É importante investigar muito além do nome do curso que queremos estudar. Como diz o ditado “a embalagem pode nos atrair mais que o conteúdo”. Ao escolher uma carreira, devemos considerar estes pontos:
  • Matérias
  • Duração
  • Campos de ação
  • Trajetória da instituição
  • Se a instituição e o curso são reconhecidos pelas autoridades de educação pertinentes
  • Convênios com outras instituições
  • Corpo docente
  • Comentários de alunos e graduados
  • Atividades extracurriculares
Buscar assessoria:
Ao concluir o ensino médio, não devemos nos precipitar em determinar o que vamos fazer a nível universitário sem antes pesquisar muito. Com o passar dos anos, uma decisão apressurada pode traduzir-se em frustração.
Por sorte existem diversas instituições que oferecem testes vocacionais aos seus alunos em potencial, geralmente são espaços acadêmicos, nos quais se busca reconhecer os talentos de cada pessoa, em áreas pontuais. Poderíamos pesquisar diretamente nas universidades onde gostaríamos de estudar, muitas delas oferecem este tipo de assessoria. Podemos também realizar oficinas ou programas curtos que estimulem nossa capacidade cognitiva na execução dos conteúdos que queremos abordar.
Não devemos deixar de lado os testes online gratuitos oferecidos na internet tanto por instituições de ensino quanto por páginas web independentes, tais como:
É aconselhável buscar orientações profissionais aprovadas por instituições de renome.

Quanto tempo quero dedicar a minha formação profissional?
Com certeza o tempo que queremos destinar a nossa preparação acadêmica vai ser um componente essencial na decisão que tomarmos. Como mencionávamos, o tempo de duração varia conforme os tipos de formação existentes: carreiras técnicas, carreiras tecnológicas, licenciaturas e bacharelados.
Devemos definir se estamos inclinados a gastar menos tempo estudando porque queremos nos enfocar principalmente em trabalhar ou em ter mais tempo livre ou se pelo contrário, buscamos um estudo que contenha muitas horas de dedicação porque nos apaixona a aprendizagem que será adquirida durante esse período.
Nenhuma das duas escolhas está errada, ambas vão favorecer nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Pessoal já que estaremos fazendo o que nos faz sentir bem de acordo com a nossa vontade. Profissional porque no futuro, o entorno laboral no qual vamos nos desempenhar, como vamos avançar nele e a autorrealização que vamos atingir, será o reflexo da nossa decisão e de como vamos afrontá-la no transcurso da vida.

Gostaria de me formar no que meus pais, familiares ou amigos estudaram.
Em algumas ocasiões, as profissões dos nossos pais, irmãos, núcleo familiar e amigos, influi no que pensamos que é nossa verdadeira vocação. Apesar disso, não é sempre assim.
Se partirmos do princípio de que temos que seguir os passos dos demais por sua vida profissional exitosa, porque parecem pessoas apaixonadas pelo que fazem e satisfeitas com o trabalho que desempenham; deixando de lado nosso conhecimento, interesses, gostos, talentos, habilidades e aptidões, não estamos indo pelo caminho correto. Outro erro comum é optar por áreas que estão na moda, só porque são estudadas por famosos e porque são divulgadas em diversos meios de comunicação e redes sociais.
Apesar da assessoria brindada por pessoas do nosso entorno e próximas a ele sobre suas próprias experiências acadêmicas, ao longo de suas trajetórias profissionais, desde o que estudaram ou estudam até sua ocupação atual, ser um enorme marco de referência e guia para nós, esmo assim devemos investigar se o que para estas pessoas parece apaixonante ou as experiências negativas que tiveram são o espelho do que aconteceria com a gente se escolhêssemos a mesma profissão.
Investigar, indagar, averiguar, explorar é nossa maior tarefa.

O aspecto econômico me interessa mais que minha vocação.
Se este é o caso, então estamos indo pelo caminho incorreto. É verdade, o aspecto econômico é uma variável que deve ser considerada, mas não é a mais importante. Se optarmos por uma profissão que por seu campo de ação traga altos ingressos, mas seu conteúdo não é interessante, e não se adapta aos nossos interesses, não estaremos tomando uma decisão acertada.
Existem profissões com menor saída laboral que outras, apesar disso e se consideramos nossas habilidades, é mais provável que no futuro conseguiremos tirar um grande da nossa escolha; estaremos agrupando o que somos, o que queremos ser e onde queremos chegar. Com a ampla oferta acadêmica atual, encontraremos carreiras com temáticas que se ajustam aos nossos desejos profissionais.
O Dr. Rick Sommer, diretor executivo dos programas acadêmicos da universidade de Stanford University dos Estados Unidos, manifestou que os estudantes que realmente buscam um desafio, conseguem desenvolver seus talentos ao máximo. Assim são as coisas, se nos desafiamos e encontramos uma formação da qual gostamos, conseguiremos alcançar mais facilmente nossas metas e objetivos.
Vale lembrar! A área e o nível de estudo que escolhermos vão refletir no crescimento e progresso que atingiremos ao longo da nossa trajetória profissional. A motivação para triunfar será o que nos apaixone, nos mobilize e impulse a ser melhores a cada dia,  e nos permita demonstrar em qualquer espaço, nossa capacidade de adaptação e compromisso em qualquer ocupação na qual nos dediquemos.

(Fonte: Liliana Diaz. Blog Orientação Vocacional – Educaedu – Brasil. Solicitação de publicação de Bárbara Borges)